segunda-feira, 23 de abril de 2012

1/3 dos flagrados pelo bafômetro em SP é mulher

O índice de mulheres reprovadas no teste do bafômetro, durante as blitze da lei seca na capital paulista, cresceu vertiginosamente. Levantamento feito pela Polícia Militar (PM), a pedido do Estado, mostra que, em janeiro, 5,16% das motoristas que foram paradas pela fiscalização haviam bebido antes de pegar o volante. Em outubro, esse porcentual passou para 38,6%, quase quatro em cada dez fiscalizadas. Os dados mostram que a evolução de embriagadas na direção é praticamente constante mês a mês. Em contrapartida, o número total de detectados pelos aparelhos que medem a dosagem de álcool no sangue está em declínio - passou de 11% para 4%.

A alta feminina nos flagrantes das operações é impulsionada por dois fatores principais. O primeiro - e responsável direto, acreditam os especialistas - é a mudança recente na forma de fiscalizar a lei seca. Até o primeiro semestre de 2009, a PM organizava as operações de fiscalização de forma aleatória. Nem todos os carros que passavam pelos locais das blitze eram abordados e só fazia o bafômetro quem tivesse sinais de embriaguez. Há cinco meses, porém, a estratégia mudou e as mulheres, portanto, deixaram de ser "invisíveis" para os homens que fazem a fiscalização. O segundo fator para o aumento de embriagadas identificadas é que as mulheres estão consumindo mais álcool, o que também aumenta o comportamento de risco.